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terça-feira, 24 de outubro de 2017

14ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2017

“A matemática está em tudo” é o tema da 14ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2017. Em Nova Iguaçu, o evento será realizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura Municipal – SEMACTI e acontecerá entre os dias 23 e 27 de outubro. 

​Com o objetivo de despertar crianças e adolescentes para a importância da matemática através da criatividade, de atitudes científicas e inovadoras, a SEMACTI pretende alavancar Nova Iguaçu no debate da tecnologia e inovação. Leia mais...
 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Alfabetização matemática deve privilegiar criatividade e não decoreba


Professor afirma que é importante aproximar amatemática do mundo das crianças(Foto: Reprodução de TV)“
Professor afirma que é importante aproximar a matemática do mundo das crianças (Foto: Reprodução de TV)“

Matemática pode – e deve – ser brincadeira de criança. De acordo com o professor José Carlos Miguel, da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) e especialista em Metodologia e Prática de Ensino de Matemática, a alfabetização matemática acontece já na creche e na educação infantil, com os pequenos tendo contato com resoluções de problemas, conhecendo os números e realizando operações simples. Para não ter medo de matemática na vida adulta, é preciso aprender a gostar e entender o mundo matemático desde cedo. 

Chamamos de alfabetização matemática o processo de conceituação elementar da matemática que tem um uso imediato. Desde pequeninos os alunos devem desenvolver um vocabulário fundamental para a matemática, como ‘interior’, ‘exterior’, ‘dentro’, ‘fora’... A partir do mundo físico, e da exploração desse mundo, eles podem estabelecer relações lógicas que sustentem o conhecimento dos números. Para compreender os números, as crianças têm que entender a lógica da seriação, classificação, ordenação...”, explica.

O especialista critica os modelos imitativos e repetitivos que são ensinados na maioria das escolas e que não despertam o interesse das crianças. Mas ressalta que a culpa não é dos professores nem dos alunos, na verdade, de acordo com ele, todos são vítimas de um processo de formação que privilegia a repetição. “Muitos docentes não reconhecem que a matemática vai além da contagem. Ela está no nosso cotidiano de diversas formas, como nos códigos – o CEP é um código que determina onde fica a minha casa, o telefone é um código, o número do meu apartamento também. Nesses casos, a ordenação dos números é fundamental para a localização. O aluno decora os números de 0 a 20, escreve 29, mas não sabe a relação entre 28 e 30. É preciso romper com a cultura da decoreba e ajudar os alunos a coordenarem ações e entenderem porque uma fórmula funciona de uma maneira e não de outra”, explica.

E existem maneiras de tornar o ensino de matemática mais prazeroso e próximo da realidade dos alunos? O professor José Carlos Miguel afirma que sim. “O docente pode produzir o próprio material didático e envolver os estudantes nesse processo. Por exemplo, ele pode cortar cartolina e fazer fichas para explicar as diferenças entre dezenas, centenas e milhares. Existe material pronto também, como o que chamamos de material dourado, que são aqueles cubinhos de madeira. O professor não lança mão de novos materiais didáticos por insegurança. Silêncio na sala de aula não significa necessariamente aprendizado. Temos que pensar atividades que façam sentido para as crianças e também para os adultos que estão sendo alfabetizados. Muitos adultos acham que não conseguem aprender porque já passaram da idade, o que não é verdade. Se, por exemplo, usarmos com eles aquele dinheiro de brinquedo, vendido em qualquer loja de R$ 1,99, eles vão entender melhor a aplicação da matemática no dia a dia”, completa.