segunda-feira, 28 de julho de 2014

O bibliotecário do imperador

Em seu novo livro, Marco Lucchesi revisita antigas paixões. Frequentador, pesquisador e curador de importantes exposições sobre o acervo da Biblioteca Nacional, o escritor homenageia a instituição e faz uma declaração de amor a todos os bibliófilos e leitores em O bibliotecário do imperador. Lucchesi volta ao mesmo século XIX de O dom do crime, romance em que dialogava com a obra de Machado de Assis. Agora, seu personagem é Ignácio Augusto Cesar Raposo, bibliotecário de dom Pedro II. Este homem real, que foi testemunha dos bastidores do Palácio de Petrópolis e da Corte no Rio de Janeiro, é usado pelo autor como um fio-condutor, para que ele apresente as alterações no tabuleiro de poder e na vida cotidiana do Rio de Janeiro a partir da Proclamação da República. O bibliotecário do imperador não é, no entanto, um romance histórico típico. A narrativa muito ágil e cheia de referências montada por Lucchesi funciona como um jogo, em que personagens reais, como Ignácio e Pedro II, se misturam a figuras fictícias, como o barão de Jurujuba. O leitor é convidado a percorrer um fluxo de muitas vozes, no qual é tão difícil quanto fascinante discernir o que é dado real e o que é ficção. Lucchesi tira partido da metalinguagem: o livro é aberto por uma nota de um suposto revisor, que critica o autor. Logo depois dela, vemos uma carta de Ignácio Augusto para Adriano Ferreira, um de seus desafetos. Este documento, que não se sabe se realidade ou ficção, tem a assinatura fac-similada do bibliotecário, pesquisada por Lucchesi em documentos da Biblioteca Nacional e do Museu Imperial de Petrópolis. O narrador de O bibliotecário do imperador só entra em cena depois destas duas intervenções. Ele avisa ao leitor que precisa percorrer um “labirinto de cartas e insultos” para contar sua história e chega a discutir com os personagens ao longo dos capítulos. Tudo é montado para que não se perceba exatamente quem está falando ou em quem se pode confiar, exatamente como ocorria nos tempos de transição entre o Império e a República, época em que vive o bibliotecário Ignácio Augusto. A obra de Jorge Luis Borges, com labirintos espelhando livros e cidades, é uma das pistas bibliófilas deixadas por Lucchesi. Unamuno, Pirandello e o próprio Machado de Assis também aparecem ao longo das páginas. Figura controvertida, quase anônima e nada épica, Ignácio Augusto é apresentado por Lucchesi como um herói pouco comum, já que é ele quem procura dar destino nobre para a vasta biblioteca que dom Pedro II deixa aqui antes de partir para o exílio na Europa. Ignácio é um protagonista que tem como pano de fundo uma trama apoiada em uma espécie de “vocabulário” presente em edições e bibliotecas – a figura do revisor, as fichas catalográficas, os ex-libris.

Trabalho com informação: valor, acumulação, apropriação nas redes do capital

O presente livro tem como objetivo expor e discutir a lógica de acumulação do capital-informação, estou, neste livro, sugerindo uma teoria do valor-informação, a partir da teoria marxiana do valor-trabalho. Ou seja, assumindo e reafirmando ser o trabalho a fonte de valorização do capital, tentarei examinar como pode gerar valor o trabalho que tenha por objeto produzir material sígnico, material este que orienta a produção material final nas sociedades capitalistas avançadas. Como pretendo mostrar, hoje em dia, o trabalho de captar, processar, registrar e comunicar informação, tornou-se fonte direta de produção de riquezas e de acumulação. Assim entendido, a informação obtida pelo trabalho entra em contradição com as relações capitalistas dominantes de produção, daí derivando as questões econômicas e sociais que serão tratadas ao longo do livro. Leia mais... 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Biblioteca Digital da New York Public Library

A Biblioteca Digital da New York Public Library permite o acesso livre a mais de 800 mil imagens digitalizadas, incluindo fotos, mapas, manuscritos e etc. Leia mais...

terça-feira, 15 de julho de 2014

Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cepid/INCT)

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM/Cepid/INCT) é uma instituição de pesquisa avançada em ciências sociais, que investiga temáticas relacionadas a desigualdades e à formulação de políticas públicas nas metrópoles contemporâneas. 

Sediado na Universidade de São Paulo e no CEBRAP, o CEM é composto pela associação de departamentos universitários. É constituído por um grupo multidisciplinar, que inclui pesquisadores demógrafos, cientistas políticos, sociólogos, geógrafos e antropólogos – cuja agenda de pesquisa está voltada basicamente ao estudo de dimensões relacionadas ao acesso dos cidadãos ao bem-estar. Dessa forma, as pesquisas desenvolvidas estão voltadas aos mecanismos por meio dos quais os cidadãos podem sair da situação de pobreza, a saber: a ação do Estado; mercado de trabalho e as redes de relacionamento e associativas).

Os pesquisadores do Centro atuam em diversos campos do conhecimento e aplicam distintas metodologias em suas investigações. Alguns adotam técnicas quantitativas (estudos de grande “n” com tratamento estatístico. Outros empregam técnicas qualitativas (com “n” pequeno e estudos de caso), além daqueles que realizam trabalho etnográfico.

A técnica de trabalho empregada segue o modelo das ciências sociais, ou seja, um professor orientador (coordenador de pesquisa) e seus orientandos, tendo em vista que um importante objetivo do Centro é a formação de novos pesquisadores. As equipes de pesquisa são formadas por investigadores em diferentes estágios da carreira; alunos de iniciação científica, de mestrado, de doutorado (com bolsas de estudo vinculadas aos respectivos programas universitários) e pesquisadores com bolsas de pós-doutorado.

As linhas mais recentes de pesquisa estão voltadas ao estudo de fatores que afetam a trajetória recente das desigualdades no Brasil, esperando obter contribuições teóricas e de conhecimento que possam ser úteis para formuladores de políticas. Pesquisas de longo prazo em escala nacional, com abordagem multidisciplinar, e colaboração com equipes de investigação nacionais e internacionais são as estratégias fundamentais desta proposta.

A instituição, criada em 2000 busca ser um centro de nível internacional, que também esteja comprometido com a difusão do conhecimento e transferência de tecnologia. Leia mais...

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Papel de parede em formato de biblioteca dá acesso a livros digitais

Um projeto colaborativo criado pela empresa de telecomunicações Vodafone Romênia, a varejista de móveis MobExpert e a agência de publicidade McCann Bucareste pretende levar bibliotecas virtuais à casa das pessoas.

O Digital Library Wallpaper – ou Papel de Parede Biblioteca Digital – usa QR codes para criar estantes cheias de livros virtuais. Sem volume algum, o móvel parece ideal para casas com pouco espaço.

A aparência do papel de parede imita uma biblioteca tradicional, com estantes cheias de livros. E, para escolher o que será estampado no papel de parede, o usuário precisa se conectar ao site da Biblioteca Digital e selecionar os títulos que gostaria de ter. Além de estampar o papel de parede com livros, o usuário pode escolher alguns objetos de decoração para colocar nas prateleiras – tudo para que o desenho se pareça ainda mais à uma estante real. Leia mais...

A aparência do papel de parede imita uma biblioteca tradicional, com estantes cheias de livros (Foto: Divulgação)

Fonte:http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/06/papel-de-parede-em-formato-de-biblioteca-da-acesso-livros-digitais.html

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Estudo comprova que leitura modifica a estrutura do cérebro

A maioria das pessoas já sabe os benefícios que a leitura traz para o cérebro: aumento da capacidade de manter a atenção, aumento do vocabulário, entre outras coisas. Entretanto, um estudo recente realizado pela Emory University, nos Estados Unidos, chegou a um resultado surpreendente: ler muito pode mudar a estrutura cerebral.

Estudos passados mostraram como o cérebro se comporta durante a leitura. Agora, os pesquisadores Gregory S. Berns, Kristina Blaine, Michael J. Prietula e Brandon E. Pye quiseram entender se o hábito de ler pode trazer modificações mais permanentes ao cérebro. Eles desenvolveram um processo de leitura com estudantes da Emory University: um grupo misturou romances com livros relacionados aos seus cursos, e o outro grupo leu somente estudos e obras acadêmicas.

Após o fim da pesquisa, o resultado foi maior do que eles imaginavam. Os alunos que criaram o hábito de ler diferentes tipos de obras desenvolveram uma alta conectividade no córtex temporal esquerdo, área responsável pela assimilação da linguagem. Isso significa que eles conseguiam compreender e processar o que estava escrito de maneira mais rápida e completa do que pessoas que não possuíam o hábito de ler.

Além disso, as conectividades do córtex temporal esquerdo fazem com que o cérebro consiga conectar ideias (palavras) com as sensações que elas representam. Ou seja: ao lerem a palavra “correr”, os participantes que liam mais conseguiam sentir as sensações de uma corrida de maneira mais eficaz do que os outros.

A conclusão que os pesquisadores chegaram é que pessoas que possuem o hábito de ler conseguem sentir uma empatia maior com os personagens dos livros e, por isso, vivenciar uma experiência mais forte com a leitura. Que tal um bom livro? Aqui você pode baixar mais de 1.000 livros grátis. Confira a lista e boa leitura!