terça-feira, 29 de maio de 2012

Engenheiro cria portal com aulas de Harvard e Yale em português

Há 10 anos, existe lá fora um movi­mento batizado de O­penCourseWare (cursos de código aberto), em que universidades de renome como MIT, Harvard e Stanford disponibilizam na internet suas principais aulas. Porém, claro, eram em inglês — língua fluente para apenas 2% dos brasileiros.

Pois desde o final de fevereiro, está no ar o Veduca.com.br, portal com mais de 4.700 vídeos e 212 aulas internacionais legendadas em português. Os temas vão de medicina clássica e matemática a discussões sobre a crise econômica internacional e palestras de famosos como Steve Jobs. No primeiro mês, os vídeos foram vistos mais de 73 milhões de vezes. O próximo passo será filmar as aulas de universidades brasileiras. Confira a seguir um papo com Carlos Souza, o engenheiro dono da ideia. Leia mais...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Bibliotecário cria livro de auxílio a pesquisa na internet

O bibliotecário do Instituto Adventista Cruzeiro do Sul (Iacs), Vanderlei Ricken acaba de lançar o livro "Arte da pesquisa: como encontrar rapidamente tudo que você precisa", com a finalidade de auxiliar os estudantes no uso da internet como fonte de pesquisa. Formado em biblioteconomia pela Universidade Federal de Santa Catarina, Vanderlei Ricken é casado com a professora de artes Vanderlande Ricken. Leia abaixo a entrevista concedida ao professor Elizeu Batista.

Elizeu Batista: O que o motivou a escrever o livro?

Ricken: Toda biblioteca e bibliotecários escolares se baseiam em duas direções principais: o incentivo à leitura e à pesquisa. O meu maior interesse está na área da pesquisa. Logo, fiquei muito surpreso ao perceber que não encontramos livros específicos que nos ajudem a desbravar o vasto mundo da web. Diante dessa necessidade, adquiri diversos livros sobre o assunto, na esperança de que pudesse encontrar algo específico sobre pesquisa o mesmo. Mas, praticamente não achava nada ou, quando muito, umas poucas páginas superficiais. Então, por sugestão dos alunos que trabalhavam comigo, resolvi escrever o livro: Arte da Pesquisa: dicas fundamentais para quem pesquisa na internet.

Batista: Quanto tempo levou para concluir a obra?

Ricken: Comecei a escrevê-lo há três anos. O site www.artedapesquisa.com que complementa o conteúdo do livro, já havia sido colocado no ar em 2009.

Batista: Qual é o público alvo do seu livro?

Ricken: Acredito que, nos dias de hoje, poucas pessoas ficaram de fora do meu público alvo. Profissionais de todas as áreas, professores, pais e alunos nos mais variados níveis, principalmente para quem estiver na faculdade ou numa pós-graduação, todos poderão se beneficiar com a obra. Os alunos nas séries iniciais utilizarão uns 20% a 40% do livro. Já os do Ensino Médio, uns 30% a 70% e quem estiver fazendo Mestrado, poderá usar 100% do livro.

Batista: Que auxílio ele trará para o leitor?

Ricken: O objetivo do livro é facilitar a vida das pessoas quando estiverem procurando algo na internet. O leitor poderá ter um melhor aproveitamento dos inúmeros recursos gratuitos, disponíveis na mesma e, da qual, normalmente, usamos apenas o básico. Existem tantas opções de combinações que são possíveis de se fazer e, consequentemente, obter um resultado da busca sem tanto lixo informativo que, muitos ao lerem o livro, dizem: "Descobri que não sabia nada". Mas, em essência, o objetivo maior é que o leitor não perca tempo com o que não for relevante para a sua pesquisa.

Batista: Como está sendo esta experiência?

Ricken: Eu amo livros e bibliotecas. Também desejava escrever alguns livros. Espero que este seja só o primeiro. Mas, não teria coragem de escrever um livro que não fosse útil, em termos práticos, para o leitor. A minha linha é mais prática e o livro Arte da Pesquisa não poderia ser diferente. Trata-se de um livro muito prático. Tudo foi pensando no aproveitamento do tempo do leitor, por isso, a pessoa é direcionada direto ao que deseja encontrar.

Batista: Que conselho você daria para um adolescente que deseja se aventurar na arte da escrita?

Ricken: Aproveite as oportunidades! O futuro é agora. Este ano, o Iacs está com um projeto, desenvolvido pelo professor Márcio Fraiberg na criação de um livro coletivo sobre criacionismo. Cada aluno interessado (em especial os alunos dos primeiros anos) poderá ser um dos autores. Então, se você deseja escrever um livro ou parte dele, aproveite a oportunidade e fale com o professor Fraiberg e participe do projeto. 
Batista: Como os interessados poderão adquirir o livro?

Ricken: Por meio do site www.artedapesquisa.com ou diretamente comigo, na biblioteca do Iacs. O livro, no site custa R$ 43,00, já com as despesas de correio incluídas, mas quem comprar diretamente na biblioteca do internato investirá apenas R$ 35,00.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Alfabetização matemática deve privilegiar criatividade e não decoreba


Professor afirma que é importante aproximar amatemática do mundo das crianças(Foto: Reprodução de TV)“
Professor afirma que é importante aproximar a matemática do mundo das crianças (Foto: Reprodução de TV)“

Matemática pode – e deve – ser brincadeira de criança. De acordo com o professor José Carlos Miguel, da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) e especialista em Metodologia e Prática de Ensino de Matemática, a alfabetização matemática acontece já na creche e na educação infantil, com os pequenos tendo contato com resoluções de problemas, conhecendo os números e realizando operações simples. Para não ter medo de matemática na vida adulta, é preciso aprender a gostar e entender o mundo matemático desde cedo. 

Chamamos de alfabetização matemática o processo de conceituação elementar da matemática que tem um uso imediato. Desde pequeninos os alunos devem desenvolver um vocabulário fundamental para a matemática, como ‘interior’, ‘exterior’, ‘dentro’, ‘fora’... A partir do mundo físico, e da exploração desse mundo, eles podem estabelecer relações lógicas que sustentem o conhecimento dos números. Para compreender os números, as crianças têm que entender a lógica da seriação, classificação, ordenação...”, explica.

O especialista critica os modelos imitativos e repetitivos que são ensinados na maioria das escolas e que não despertam o interesse das crianças. Mas ressalta que a culpa não é dos professores nem dos alunos, na verdade, de acordo com ele, todos são vítimas de um processo de formação que privilegia a repetição. “Muitos docentes não reconhecem que a matemática vai além da contagem. Ela está no nosso cotidiano de diversas formas, como nos códigos – o CEP é um código que determina onde fica a minha casa, o telefone é um código, o número do meu apartamento também. Nesses casos, a ordenação dos números é fundamental para a localização. O aluno decora os números de 0 a 20, escreve 29, mas não sabe a relação entre 28 e 30. É preciso romper com a cultura da decoreba e ajudar os alunos a coordenarem ações e entenderem porque uma fórmula funciona de uma maneira e não de outra”, explica.

E existem maneiras de tornar o ensino de matemática mais prazeroso e próximo da realidade dos alunos? O professor José Carlos Miguel afirma que sim. “O docente pode produzir o próprio material didático e envolver os estudantes nesse processo. Por exemplo, ele pode cortar cartolina e fazer fichas para explicar as diferenças entre dezenas, centenas e milhares. Existe material pronto também, como o que chamamos de material dourado, que são aqueles cubinhos de madeira. O professor não lança mão de novos materiais didáticos por insegurança. Silêncio na sala de aula não significa necessariamente aprendizado. Temos que pensar atividades que façam sentido para as crianças e também para os adultos que estão sendo alfabetizados. Muitos adultos acham que não conseguem aprender porque já passaram da idade, o que não é verdade. Se, por exemplo, usarmos com eles aquele dinheiro de brinquedo, vendido em qualquer loja de R$ 1,99, eles vão entender melhor a aplicação da matemática no dia a dia”, completa.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

SEER comemora adesão de 100 portais de periódicos


O Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), software traduzido e customizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) para a construção e gestão de publicações periódicas eletrônicas, comemora o registro de 100 portais de periódicos científicos, sendo 29 de universidades públicas e 71 de universidades particulares de todo o País. A região Sudeste está em primeiro lugar com 36 portais, seguida pela região Sul (31 portais), pelo Centro-Oeste (15 portais), pela região Nordeste (14 portais) e pela região Norte (4 portais). A ferramenta contempla ações essenciais à automação das atividades de editoração de periódicos científicos e permite melhoria na avaliação da qualidade dos periódicos e uma maior rapidez no fluxo das informações.

Segundo Miguel Arellano, técnico da equipe no IBICT, o sistema tem sido bastante demandado pelas instituições de ensino por permitir a disseminação, divulgação e preservação dos conteúdos das revistas brasileiras de acordo com padrões editoriais internacionais para periódicos on-line 100% eletrônicos. “A aceitação do SEER pela comunidade brasileira de editores científicos vem do desempenho do sistema e de sua fácil adaptação aos processos de editoração em uso, mas, estamos percebendo que nem todas as facilidades disponíveis estão sendo totalmente utilizadas pelas instituições. Fato facilmente explicável pelo pouco tempo de uso do SEER no Brasil”, explica.

Fonte: Claudia Mohn
Núcleo de Comunicação Social do IBICT