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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Quem é o leitor atual?

A informação percorreu diversos caminhos, migrou para suportes diferenciados, mas é claro que não deixou de ser informação e de cumprir missões importantes: informar e gerar conhecimento.

Diante disso, considerando a TI e a novas formas de transmissão da informação, nós a conhecemos de uma maneira mais abrangente, onde barreiras geográficas e de suporte são superadas, alcançando maior número de pessoas, o fator tempo real é sem dúvida uma das coisas mais interessantes e isso levando em consideração a web, suas ferramentas e serviços como um todo. Leia mais...

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Em SC, menina de 10 anos recebe prêmio por ler 97 livros em um ano

A moradora de Florianópolis Nina Fritsche, de 10 anos, leu em 2016 ao menos 97 livros. Ela é a jovem leitora com mais registros de empréstimos na Biblioteca Pública de Santa Catarina (PBSC) este ano. Por isso, foi reconhecida com o prêmio Estrela da Leitura, concedido pela biblioteca aos que mais retiraram livros infantojuvenis em 2016. 

O prêmio é um kit de livros e o primeiro colocado em cada uma das quatro categorias também recebeu um par de ingressos para o Parque Beto Carrero World, em Penha. Conforme a biblioteca, esta é a segunda edição do prêmio concedido às categorias livros Infantojuvenis de 0 a 7 anos; de 8 a 11 anos; 12 a 17 anos e gibis. 

Ao Bom Dia Santa Catarina desta quarta-feira (21), Nina falou sobre a paixão pela leitura. "Eu sempre gostei de ler, meus pais incentivaram bastante porque eles também adoram, então liam um monte de livros para mim, liam lá da minha escola. A minha mãe pegava bastante livros para mim", contou.
Theo Fritsche, irmão de Nina, com três anos, venceu na categoria 0 a 7 anos, com 65 livros retirados este ano. Leia mais...
 

terça-feira, 15 de agosto de 2017

VI Parada do Livro em Nova Iguaçu (RJ)

Nesta sexta-feira, 18 de agosto de 2017, às 14 horas, concentrados na rua Nilo Peçanha, esquina com a Via Light, [no município de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro], leitores, mediadores de leitura, escritores, poetas, estudantes, professores, coletivos culturais, editoras e bibliotecas, todos amantes do livro, leitura e literatura vão contagiar a cidade de Nova Iguaçu na VI edição da Parada do Livro – Direito à leitura para a transformação. Durante a caminhada pelo calçadão os participantes declamam poesias, apresentam cenas teatrais, paródias, marchinhas literárias, dança e homenagem a autores.

A Parada do Livro integra um conjunto de ações do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas [de Nova Iguaçu], primeiro aprovado em lei no Brasil, colocando o município em evidência no movimento de reivindicação por políticas públicas que garantem a democratização da leitura como direito humano. Para efetivar todas as metas descritas na lei é necessário que sejam incluídas no Ciclo Orçamentário 2018 a 2021, primeiramente no Plano Plurianual (PPA) que está em fase de elaboração pelos órgãos executores da lei: Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Municipal de Educação e Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Estudo comprova que leitura modifica a estrutura do cérebro

A maioria das pessoas já sabe os benefícios que a leitura traz para o cérebro: aumento da capacidade de manter a atenção, aumento do vocabulário, entre outras coisas. Entretanto, um estudo recente realizado pela Emory University, nos Estados Unidos, chegou a um resultado surpreendente: ler muito pode mudar a estrutura cerebral.

Estudos passados mostraram como o cérebro se comporta durante a leitura. Agora, os pesquisadores Gregory S. Berns, Kristina Blaine, Michael J. Prietula e Brandon E. Pye quiseram entender se o hábito de ler pode trazer modificações mais permanentes ao cérebro. Eles desenvolveram um processo de leitura com estudantes da Emory University: um grupo misturou romances com livros relacionados aos seus cursos, e o outro grupo leu somente estudos e obras acadêmicas.

Após o fim da pesquisa, o resultado foi maior do que eles imaginavam. Os alunos que criaram o hábito de ler diferentes tipos de obras desenvolveram uma alta conectividade no córtex temporal esquerdo, área responsável pela assimilação da linguagem. Isso significa que eles conseguiam compreender e processar o que estava escrito de maneira mais rápida e completa do que pessoas que não possuíam o hábito de ler.

Além disso, as conectividades do córtex temporal esquerdo fazem com que o cérebro consiga conectar ideias (palavras) com as sensações que elas representam. Ou seja: ao lerem a palavra “correr”, os participantes que liam mais conseguiam sentir as sensações de uma corrida de maneira mais eficaz do que os outros.

A conclusão que os pesquisadores chegaram é que pessoas que possuem o hábito de ler conseguem sentir uma empatia maior com os personagens dos livros e, por isso, vivenciar uma experiência mais forte com a leitura. Que tal um bom livro? Aqui você pode baixar mais de 1.000 livros grátis. Confira a lista e boa leitura!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Campanha "EU QUERO MINHA BIBLIOTECA"

Em março de 2010, a sanção da Lei 12.244/10  garantiu um direito inalienável: até 2020 todas as instituições de ensino do país, públicas e privadas, deverão ter biblioteca. Sua efetividade, portanto, tem de ser tratada como prioridade nacional.

Há recursos públicos para a educação que podem garantir a criação e a manutenção de bibliotecas em escolas públicas. Portanto, a convicção de que, com a cooperação entre os diversos setores, a  democratização do acesso às legislações e recursos existentes e o controle social pela população, será possível planejar caminhos que garantam a efetivação da lei e que assegurem, em 2020, que as metas estabelecidas em 2010 sejam cumpridas, motivou a coalizão, por iniciativa do Instituto Ecofuturo, de organizações que desenvolvem trabalho de referência nas áreas de educação, leitura e biblioteca: Academia Brasileira de Letras, Conselho Federal de Biblioteconomia, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação, Movimento por um Brasil Literário, Instituto Ayrton Senna, Rede Marista de Solidariedade e Todos pela Educação. Leia mais...

Fonte: Campanha EU QUERO MINHA BIBLIOTECA

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Grupo de Trabalho Iguaçulendo

O GT Iguaçulendo convida para sua próxima reunião:

 
Data: 11 de setembro de 2012
Horário: 14h 
Local: UFRuralRJ -  Instituto Multidisciplinar - Bloco Multimídia - Sala 310
Endereço: Avenida Roberto Silveira, s/n (Ao lado do Viaduto da Posse, em frente a Viação Linave) 

GRUPO DE TRABALHO IGUAÇULENDO (DECRETO Nº. 9.139, DE 06 DE SETEMBRO DE 2011)


CÂMARA MUNICIPAL – SEMED – SEMCTUR – FULANAS DE TAL – UFRRJ – POLO BAIXADA LITERÁRIA (CECOM – SARITA – AMRF – CISANE – BIBLIOTECA COMUNITÁRIA DO PONTO CHIC PROFª JUDITH LACAZ) – CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA – CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – REPRESENTANTES DOS ESCRITORES IGUAÇUANOS – FÓRUM CULTURAL DA BAIXADA – EDITORAS

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Aldeia de pixels e papel

Discípulo de McLuhan, físico canadense diz que cérebro humano precisa do impresso. Parceiro de Marshall McLuhan, físico, linguista, e especialista em comunicação, Robert K. Logan está no Rio para lançar seu mais recente livro, “Que é informação?” (Contraponto/Editora PUC, tradução de Adriana Braga), e para uma série de aulas e conferências em universidades e escolas. Quase meio século depois de seu mestre elaborar o conceito de aldeia global e a ideia de que o meio é a mensagem, O GLOBO conversou com Logan sobre este tempo em que vivemos imersos em nuvens de dados. Ele prega a ideia de que o cérebro humano é viciado em tinta e papel e fala da criação do smartbook, dispositivo que alia o impresso ao virtual.
O senhor diz que o cérebro humano é dependente de tinta e papel e que a inteligência, o estudo e o aprendizado não sobrevivem sem o impresso. Essa afirmação se baseia em quê? 


ROBERT K. LOGAN: Em estudos neurofisiológicos que comparam a leitura de textos em papel com a leitura numa tela eletronicamente configurada. No texto em papel ela é restrita ao hemisfério esquerdo, que interpreta a linguagem. Já a leitura na tela, por melhor que seja a resolução, envolve, antes, o lado direito, necessário para montar o mosaico de pixels que forma a imagem de cada letra, e, depois, o lado esquerdo, num vaivém: um lado converte pixels em letras, outro transforma letras em palavras e frases. A quantidade de tráfego através do corpo caloso é enorme e dificulta a concentração e a imersão, além de tornar a leitura mais cansativa. Não é à toa que escritores que escrevem em computador preferem imprimir e ler no papel na hora de fazer a revisão.


É só isso, então? A coisa se resume a um fator neurofisiológico? 

Não, isso é um só aspecto. Outro é que a tecnologia do livro encadernado, até hoje, é a única que permite um manuseio sem o emperramento imposto pela rolagem.


Mas o senhor é um entusiasta da internet e até a saúda como uma nova linguagem. Explique o paradoxo. 

Não há paradoxo. O que defendo é uma experiência conjugada no uso da internet e do papel. Por exemplo, imprimir textos e hiperlinks mais relevantes é uma prática seletiva útil, que permite que se atinjam com mais eficiência os objetivos. Ao mesmo tempo, estou participando da criação de um conceito: o dos smartbooks. É um livro impresso que contém um código que, inserido na rede, abre portas para sua cópia digital, links associados exclusivos e listas de referências.


Sério? E as bobagens, distorções, exacerbações que se encontram na Wikipedia? 

Ora, o que não falta na Britânica são bobagens. Essa coisa de a Britânica ser o centro referencial cosmológico da cultura era um mito. Por exemplo, não existia na Britânica um verbete sobre mim e sobre meu trabalho. Na Wikipedia há uma entrada espontânea! (Risos)


O leitor médio hoje é capaz de contextualizar? 

Sim, claro. O hiperlink permite isso. Desde que ele tenha discernimento e uma educação à altura.


Mas o problema não estaria aí? O leitor atual, dividido entre várias fontes, consegue se educar? 

A educação é um assunto à parte. E o que precisa haver, como eu disse, é uma boa correlação entre o impresso e o digital. Estamos numa época em que essa ideia apressada do fim do livro impresso está em transição. Ela foi criada por aqueles que acharam que aconteceria com os livros o que aconteceu com os CDs. Ora, não perceberam que a cognição auditiva é bem diferente da experiência da leitura, que exige um vínculo muito maior com o suporte, o objeto.


Muitos estudiosos previram que o poder ficaria concentrado nas mãos de quem fosse o dono da informação. Quem são, hoje, esses donos? 

Hoje, todos são donos da informação, e aquele funil de editores deixou de privar milhões de pessoas de se expressarem, muitas vezes coletivamente. Os provedores, é claro, lucram com isso e têm acesso a toda a informação, mas este é um outro aspecto da discussão.


Em seu livro o senhor trata do conceito de informação como se fosse um organismo que se replica por meio das linguagens e da cultura da mesma maneira pela qual as estruturas moleculares orgânicas propagam seus padrões de organização. Para além da esfera acadêmica, como o público percebe o conceito de informação? 

Não percebe. O público, com exceção da academia, é como um peixe na água: ele não capta conceito de fundo, ele apenas recebe, processa, transforma, recria e transmite a informação através de seus vários meios, sempre influenciado, cognitivamente, pelas características dos mesmos e pelo ambiente, adicionando significados que estão para além da previsibilidade e que pertencem ao domínio da incerteza. O que contraria completamente a noção que tem predominado, derivada das ideias de Shannon, de que informação é apenas transmissão direta e passiva de signos arbitrários por um receptor.


Isso significa que a informação é orgânica? 

Não, ao contrário do que sonham os próceres da inteligência artificial e da realidade virtual: sem a interação com o ambiente não se produz vida humana. A vida está nos processos biológicos, e a mente é um estágio que resulta da soma do cérebro com a linguagem. O que esta soma produz é uma instância puramente conceitual, simbólica, que é transmitida como um organismo vivo apenas em sua dinâmica, por meio de padrões de replicação imateriais.


Apesar de afirmar essa especificidade do homem enquanto produtor de significados, na sua teoria, o senhor se refere aos indivíduos por meio de palavras como instinto, cérebro, mente, moléculas, organização, emergência, processo. Mas vocábulos como amor, emoção e sentimento estão ausentes das 250 páginas. Por quê? 

Estão mesmo ausentes? Tem certeza? Bom... não sei, na verdade isso me surpreende. Não posso sequer explicar. Estou chocado. Vou ter que pensar sobre isso e já me vem uma série de palpites sobre como conectar o conceito de informação ao de amor. Você me deu uma excelente ideia para uma próxima edição do livro, ou um novo estudo... 

* Esta entrevista foi publicada no vespertino para tablet “O Globo a Mais”